sexta-feira, 19 de março de 2010

Noite


Ela vinha acompanhada da lua, e na escuridão que a lua tentava reprimir mas sem sucesso, uma sombra que não era a dela, a perseguia, e entre baixo às arvores ela sumia, e quando se mostrava presente, parecia cada vez mais próxima. Sua presença trazia consigo uma forte dor no peito da menina, que agora, estava correndo; seu coração batia forte, seu corpo, aos poucos, cedia ao cansaço e como uma cena de teatro a menina tropeça em um graveto e seu corpo vai ao chão. Agora, alguém mais estava a lhe fazer companhia; quem a perseguia, estava agora, a sua frente; a escuridão escondia a sua face, sua respiração estava ofegante.

Em seu olhar se via um brilho de clemência, o cabelo esparramado cobria o seu rosto, com sua mão repleta de sangue, tira o seu cabelo da frente do olho, tentando avistar quem estava a lhe admirar com um ar de desejo, mas não era aquele desejo carnal vindo de um homem à uma mulher atraente como era ela. E nesse momento, a lua não querendo ser testemunha do que estava pra acontecer, se esconde atrás de uma nuvem negra que por ali passava; e na escuridão que se fez, o único som que se ouvia, era da respiração dela, mas o silêncio foi quebrado por um grito de desespero.

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